quarta-feira, 25 de novembro de 2009

GÊNESE DA POLÍTICA I - O QUE É POLÍTICA

Para a maioria das pessoas, politica se refere ao poder politico, inerente à esfera da politica institucional, como por exemplo, os paralamentares, os partidos políticos, as instituiçoes públicas e todas as atividades co-relacionadas como os comícios, as ações do governo e o voto do eleitor. Porém, a mesma palavra se expressa de outro modo quando, por exemplo, se fala da politica da igreja, da politica dos sindicatos, das empresas, etc. Mesmo as pessoas em suas relações no dia a dia, desenvolvem políticas para alcançar seus objetivos. Você já deve ter ouvido a seguinte frase: "Você precisa ser mais político". Fica claro a distinção entre a política institucional daquela outra não institucional, constituída pelos atos dos cidadão, dos movimentos sociais, comunidades, etc. Num sistema constituído, onde o Estado impõe susas normas, estas procuram ocultar dos indivíduos o seu ser político, transferindo esta responsabilidade apenas ao eleito.
È neste contexto que quando surgem noticias de corrupção nas instituições públicas, há uma enorme desmoralização das atividades políticas, levando as pessoas a desacreditarem na política.
Existem, portanto, diversas formas de políticas e também varias propostas de políticas cuja sintonia entre a maioria é que vai determinar a política predominante. Seus efeitos são significativos na sociedade.
Como explicar que nos países capitalistas ainda existam bolsões de pobreza, apesar de atingido um nível objetivo de riqueza que permitiria eliminar tal condição? Ou nos países socialistas, onde os interesses sociais mesmo que satisfeitos, ainda haja uma limitação da participação social?
Mas se o Estado pretende o "bem-estar" do povo, como explicar o caos em que vivemos onde nas cidades explode a violência, a miséria, as greves e manifestações são sufocadas, camponeses que lutam por um pedaço de terra são assassinados, os bancos batem recordes de lucro, os torturadores não são julgados etc. Como conciliar os interesses individuais com as escolhas políticas? Como mobilizar o trabalhador para uma luta política mais ampla que a luta por aumento de seu salário? Em nome de quê sustentar uma vontade que pode implicar no sacrifício do desejo?
Existem várias orientações possíveis para a política, no entanto somente uma se realiza: aquela dominante. O Estado e seu agente o governo, são os principais objetos de disputa de todos os partidos políticos. É a busca pelo poder. Este poder se estende numa superestrutura do Estado que ordena a disciplina da base social a que corresponde. Como o Estado não deixa espaço para disputas fora do âmbito institucional, não existindo por parte das classes sociais um confronto com o Estado e suas políticas, os movimentos sociais criam uma atividade autônoma e passam a reivindicar melhores condições de salários, saúde, alimentação, etc, como exemplo a CUT, o MST, OAB, UNE, etc.
Foi dito que cada civilização corresponde à orientação de interesses políticos. Portanto, a cultura que se impõe em uma sociedade é a da proposta política que se impõe nesta sociedade. Através dos interesses de determinadas classes sociais, o Estado apresenta esses interesses como interesses "nacionais". Desde assegurar a segurança externa, a garantia da paz e da ordem, da governabilidade, as reformas na Constituição.
A ligação da cultura com Estado é estreita, uma vez que este também atua como sensor da liberdade cultural. Existe uma cultura dominante na qual esta recheada de significação política. Os dominantes fazem da sua cultura a cultura da sociedade e sus valores são reproduzidos na sua cultura, apresentando-se como valores universais do homem, legitimando o poder.
Neste sentido, a cultura torna-se um apoio ideológico de orientações políticas. O voto é uma expressão de uma vontade, e, como tal, esta ligado a um valor cultural. É deste maneira que se criam mitos do tipo "quem sabe mais ou quem é mais intelectual é quem deve mandar". A politização da cultura separa o joio "ideológico" do trigo dos "ideais" da civilização humana, revelando ambos como valores condicionados a determinadas situações históricas.

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