domingo, 29 de novembro de 2009

O mito de Prometeu

O céu e a terra já estavam criados, mas faltava a criatura na qual pudesse habitar o espírito divino. Então chegaram a terra, Prometeu e seu irmão Epimeteu, gigantes titãs – Eles foram incumbidos de fazer o homem e assegurar-lhe, e aos outros animais, todas as faculdades necessárias à sua preservação. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu de examiná-la, depois de pronta. Epimeteu apanhou um bocado de argila e molhou-a com um pouco de água de um rio. Com essa matéria, fez o homem semelhança dos Deuses.
Tirou das almas dos animais características boas e más. Athena, Deusa da sabedoria, admirou a criação dos filhos dos titãs e insuflou naquela imagem de argila o espírito com o sopro de vida. Foi assim que surgiram os primeiros seres humanos, mas faltava-lhes conhecimento sobre os assuntos da terra. Assim, Prometeu aproximou-se e ensinou às criaturas todos os segredos. Inventou o arado para o homem poder plantar, a cunhagem das moedas para que houvesse o comércio, e a escrita. Ensinou-lhes a arte da astronomia, enfim todas as artes necessárias ao desenvolvimento da humanidade. Logo, Epimeteu tratou de atribuir a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. No entanto, quando chegou a vez do homem, que tinha de ser superior a todos os outros animais, Epimeteu gastara seus recursos com tanta prodigalidade, que nada mais restava. Perplexo, recorreu a seu irmão Prometeu, que, com a ajuda de Minerva subiu ao céu e acendeu sua tocha no carro do sol, trazendo o fogo, até então negado para os homens pelo Deus Zeus, entregando-o para humanidade. Com esse dom, o homem assegurou sua superioridade sobre todos os outros animais. O fogo lhe forneceu o meio de construir as armas com que subjugou os animais e as ferramentas com que cultivou a terra; aquecer sua morada, de maneira a tornar-se relativamente independente do clima, e, finalmente, criar a arte da cunhagem das moedas, que ampliou e facilitou o comércio. Irritado, Zeus castigou Prometeu – Ordenou Hefesto acorrentá-lo ao cume do Monte Cáucaso, onde todos os dias uma gigante águia ia dilacerar o seu fígado que, por ser Prometeu imortal, regenerava-se. Seu sofrimento deveria durar 30.000 anos. Prometeu sofreu por diversas eras, até que Hércules passou por ele, e ao ver seu sofrimento, abateu a grande ave com uma flecha certeira e libertou o cativo das correntes. Entretanto, para que a vontade de Zeus fosse mantida, o gigante Prometeu passou a usar um anel com uma pedra, retirada do Monte Cáucaso. Assim, Zeus sempre poderia afirmar que Prometeu se mantinha preso ao Cáucaso.

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