sábado, 21 de novembro de 2009

Refletindo a concepção de mundo em Hannah Arendt.

       O  mundo em Hannah Arendt.

         André Duarte,em artigo intitulado Hannah Arentd e a modernidade:esquecimento e redescoberta política, publicado na revista Trans/Form/Ação vol.24 - 2001,  escreve[...] O mundo não se confunde com terra ou com a natureza, concebidos como o terreno em que os homens se movem e do qual extraem a matéria prima com o que fabricam coisas, mas diz respeito às barreiras artificiais que os homens interpõem entre si entre eles e a própria natureza, referindo-se, também, àqueles assuntos que aparecem e interessam aos humanos quando eles entram em relações políticas  uns com os outros. Em sentido político mais restrito,o mundo é também aquele conjunto de insituições e leis que é comum e aparece a todos, e que, por ser um artefato humano, está sujeito ao desaparecimento em determinadas situações-limites, nas quais se abala o caráter de permanência e estabilidade associados à esfera pública e aos objetos e instituições públicas que constituem o espaço-entre que unifica e separa os homens. Trata-se portanto, daquele espaço institucional que  deve sobreviver ao ciclo natural da natalidade e mortalidade das gerações, e que se distingue dos interesses privados e vitais dos homens que aí habitam, a fim de que se granta a possibilidade da transcendência da mortalidade humana por meio da menória e da narração das histórias humanas.

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