terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Liberdade 3: O Determinismo


Você se considera livre?

Dando continuaidade ao nosso assunto, hoje a reflexão vamos falar de uma outra doutrina que tenta cocneituar a liberdade, o determinismo. Esta doutrina que já no pensamento grego, Demócrito havia remetido toda realidade ao movimento de partículas minúsculas chamadas átomos; tudo o que ocorre se deve a uma necessidade. Era um determinismo rígido, que temos no pensamento dos estóicos, para os quais o supremo dever moral do homem é a aceitação da necessidade universal. Recentemente foi o positivismo quem reafirmou, com o pretenso fundamento na ciência, a determinação causal de todos os atos humanos, tudo o que ocorre possui uma causa necessária: a liberdade é somente a ignorância dessa causa. Os positivistas não hesitam em tirar todas as conseqüências ético-jurídicas desta negação de liberdade, por exemplo: o delinqüente quando comente um delito, não é livre, mas é determinado por um complexo de causas biológicas, psicológicas e sociológicas; mas se não é livre, não é responsável, e se não como cobrar responsabilidade, não se pode punir. Assim não é difícil descobrir a limitação fundamental do determinismo: o homem privado de liberdade, torna-se maquina, toda responsabilidade é anulada juntamente com a liberdade; falar de moral não parece mais possível à medida que uma moral da necessidade é completa contradição. A espiritualidade, que diferencia qualitativamente o homem do mundo da natureza, torna-se uma ilusão. Mas então qual é a forma que devemos pensar a liberdade? Isso é um assunto para outro momento.

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