terça-feira, 1 de dezembro de 2009

liberdade 4: A liberdade dialética!


Você se considera livre?
Depois de refletir as duas grandes linhas doutrinais sobre a liberdade, vamos apresentar a ultima linha, o que poderíamos ser uma “solução filosófica”. A solução filosófica mais completa, nos parece, é a que visa conjugar a verdade do indeterminismo e verdade do determinismo: a livre decisão da pessoa, de um lado, e a motivação da escolha, de outro. A liberdade da qual o homem goza não é uma liberdade absoluta, mas condicionada: este condicionamento contudo, que é típico do homem enquanto ente finito, não é absoluta determinação. O homem age em uma situação preestabelecida: porém te a capacidade de aceitá-la ou de recusá-la, assumi-la ou modificá-la. Tal capacidade é portanto sua liberdade: que é empenho, desenvolvido á luz do valor, de realizar a própria pessoa em harmonia com definição racional do fim do próprio homem, enquanto ser racional. Não é uma liberdade gratuita, posto que é motivada; não é uma necessidade mecânica, posto que a motivação é pessoal: “O homem pode, com efeito, querer e não querer, agir ou não agir: pode ainda querer uma coisa ou outra, fazer uma coisa outra. Tudo isso é próprio da razão” (São Tomás de Aquino, Suma Teológica). A liberdade filosófica torna-se então a descoberta do próprio caráter profundo, da própria vocação e do próprio destino; em certo sentido, é necessitada, mas sua necessidade é interna, não é externa; em outro sentido, é livre, mas sua liberdade é motivada e racional.

A filosofia, que se ocupa com problema da liberdade, sabe que ninguém pode substituir a liberdade do homem. A decisão, na qual a liberdade se explica e se realiza, permanece ligada ao empenho pessoal de cada um. A filosofia se limita a propor reflexões sobre a liberdade, mostrando o carater inadequado de duas soluções e propondo uma terceira. Desta maneira o tema da liberdade está ligada estritamente relacionado com tema da autonomia do sujeito.

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